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Como saber se o piso está cedendo?

O piso é um dos elementos mais importantes em qualquer construção, seja residencial, comercial ou industrial. Ele garante conforto, estabilidade e segurança aos ocupantes. Quando o piso começa a ceder, porém, pode ser um sinal de problemas estruturais graves que comprometem não apenas o revestimento, mas toda a integridade da edificação. Por isso, saber identificar os sinais de piso cedente é fundamental para agir preventivamente e evitar acidentes, prejuízos e até desabamentos.

O que significa piso cedente

O termo “piso cedente” se refere à situação em que o piso ou a superfície de circulação apresenta afundamento ou deformação devido a problemas na fundação, na base do solo ou na estrutura de sustentação. Esse fenômeno pode ocorrer em qualquer tipo de piso: cerâmica, porcelanato, madeira, laminado ou piso vinílico. O piso cedente nem sempre é visível de imediato; algumas vezes ele se manifesta primeiro por pequenos desníveis, fissuras ou sons incomuns ao caminhar sobre ele.

Quando o piso cede, ele pode afetar também as paredes, pilares e vigas adjacentes, causando rachaduras e comprometendo a segurança da edificação. Ignorar os sinais pode transformar um problema aparentemente superficial em um risco grave de desabamento parcial.

Sinais de alerta

Observar a superfície do piso e os elementos ao redor permite identificar quando há risco de piso cedente:

  1. Desníveis e inclinações: áreas do piso mais baixas ou inclinadas são indicativos de recalque ou movimentação da fundação.
  2. Rachaduras no piso e nas paredes adjacentes: fissuras que acompanham o piso sugerem deslocamento estrutural.
  3. Estalos ou rangidos ao caminhar: esses sons podem indicar que o piso está deformando ou que há falhas internas na estrutura de sustentação.
  4. Portas e janelas desalinhadas: dificuldade para abrir ou fechar portas próximas ao piso pode indicar movimentação da construção.
  5. Acúmulo de água: depressões no piso podem criar poças de água, reforçando sinais de desnível.

Principais causas do piso cedente

  • Recalque do solo: terrenos instáveis, erosão, compactação inadequada ou alterações no lençol freático podem gerar movimentações na fundação.
  • Sobrecarga: pisos que recebem peso excessivo, como móveis pesados, equipamentos industriais ou ampliação de estruturas sem reforço, podem ceder.
  • Falhas na execução: contrapiso mal feito, fundação insuficiente ou utilização de materiais de baixa qualidade.
  • Deterioração estrutural: infiltrações, corrosão de armaduras metálicas, apodrecimento de madeira ou desgaste natural do concreto.

Como avaliar o problema

A avaliação deve ser feita por um engenheiro civil ou especialista em estruturas, que poderá determinar a gravidade do problema. Entre os métodos utilizados estão:

  • Inspeção visual detalhada: verificar desníveis, fissuras e deformações visíveis.
  • Medições de nível e inclinação: utilizar ferramentas de precisão para medir a diferença de altura no piso.
  • Monitoramento de fissuras: marcar a extensão e largura de rachaduras e acompanhar a evolução ao longo do tempo.
  • Verificação da fundação: investigar se há recalque do solo ou problemas em pilares e vigas que sustentam o piso.

Possíveis soluções

O tratamento do piso cedente depende da gravidade do problema:

  • Nivelamento do piso: adequado para pequenos recalques, utilizando argamassa de correção ou contrapiso nivelado.
  • Reforço estrutural: para deformações mais graves, pode ser necessário reforço com pilares ou vigas adicionais.
  • Correção da fundação: em casos críticos, microestacas, blocos de fundação ou sapatas adicionais podem estabilizar o terreno.
  • Impermeabilização: previne infiltrações que podem agravar o problema, protegendo contra água, umidade e corrosão de armaduras.

Dicas para prevenção

  • Materiais de qualidade: escolher pisos, contrapiso, concreto e argamassa certificados e de alta resistência.
  • Mão de obra qualificada: a execução correta é fundamental para evitar problemas futuros.
  • Evitar sobrecarga: respeitar o limite de peso do piso e não adicionar equipamentos ou móveis pesados sem reforço.
  • Manutenção periódica: inspeções regulares em pisos antigos ou construídos sobre terrenos instáveis ajudam a detectar problemas precocemente.
  • Monitoramento constante: pequenas fissuras devem ser acompanhadas para avaliar se estão evoluindo.

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