Não vou aprofundar sobre o assunto de projeto arquitetônico, que acredito ser um pouco mais fácil de entender sua importância para o cliente, clientes que desejam concluir um sonho que na maioria das vezes esse sonho acontece uma ou duas vezes apenas ao longo de sua vida, que é construir sua residência familiar, não querem que aconteçam problemas indesejáveis como, por exemplo, não ficarem bem dispostos em um ambiente da casa os móveis como planejado em mente.
Após esse projeto arquitetônico concluído, ele será encaminhado ao Engenheiro Civil, especializado em Cálculo Estrutural, para que seja executado o projeto de Cálculo Estrutural.
Assim como no curso de Medicina, na Engenharia Civil o Engenheiro forma-se como se fosse um “clínico geral”, se pode dizer assim, geralmente sem experiência profissional e com conhecimento acadêmico inicial em diversas ramificações que são oferecidas no curso, então ele terá que se ingressar em um curso de especialização caso deseja ser especialista em alguma área.
Sou suspeito a dizer, porem considero umas das mais complexas e que exigem maior quantidade de estudo e experiência profissional para se especializar, o ramo das Estruturas, que basicamente estão dividas em Estruturas de Concreto Armado, Estruturas Metálica e Estruturas de Madeira.
É notável que quando se forma um grupo de alunos, uma pequena quantidade irão se dedicar a esse ramo, ou se abusar nenhum, hoje em dia são raros os bons profissionais desse ramo, pois a exigência de mercado de “gabarito profissional” desses profissionais para a sobrevivência dos mesmos é imensa.
Quando temos um profissional que atua a algum tempo nesse ramo, e sempre está se atualizando perante aos novos estudos, junto às normas e legislações vigentes, podemos dizer que esse profissional é seguro e seu projeto será feito de forma balanceada e bom senso resultando em segurança e economia para o final dessa estrutura. Ai pode-se afirmar que temos dois lados de intrigas, infelizmente, o lado do Engenheiro Civil que nunca atuou no ramo, ou nunca se propôs a estudar para se especializar e realizar projetos competentes, muitas vezes por medo de cair algo ou aparecer trincas e problemas desse nível em diante, aí acaba resultando em um projeto superdimensionado, utilizando muito mais do que seria o necessário para ser executado, resultando em prejuízos para o proprietário, e pode ser que apareçam problemas também, e algumas vezes irrecuperáveis ou extremamente custosos.
E o lado do profissional de campo que (considero ser pior), geralmente não é nem Técnico ou similar, pode ser o Pedreiro, Mestre de Obras, Empreiteiro etc., que se propõem a realizar a execução das Estruturas com apenas o conhecimento prático adquirido em campo ao longo de sua carreira, por forma de “repetição”, ou seja, ele repete as formas, dimensões, propriedades do elemento estrutural apenas baseando-se em trabalhos executados parecidos, relativamente, é um modo empírico.
Com a elaboração da Estrutura dessa forma apresentada, executando em campo de forma improvisada, podemos ter dois caminhos, ou o Profissional deixará a estrutura sem a capacidade de suportar a carga real que atuará nessa, deixando com pouco aço ou, por exemplo, com dimensões incompatíveis, ou para “garantir” a eficiência tornará a mesma muito carregada de aço ou então com dimensões exageradas.
Já o profissional capacitado deixara a estrutura compatível com as propriedades ideais, fazendo com que as cargas prováveis trabalhem com o equilíbrio, dispondo de apenas a utilização das quantidades necessárias de materiais para executar a estrutura, gerando então o máximo de economia, segurança e garantia da Edificação.
Na dúvida, de como contratar/adquirir esses bons profissionais, procure pelo famoso “boca-a-boca”. Bons profissionais de ramos similares indicarão certamente outros bons profissionais, como Arquitetos, Engenheiros de diversas categorias, Paisagistas, Pedreiros, Mestre de Obras, Clientes Satisfeitos etc.